*Por Beá Moreira
Eu moro dentro de mim.
Meus pensamentos são vizinhos.
Minha saudade, também!
Velha mal-educada
Me acorda, de madrugada,
Com resmungos, gargalhadas,
Rindo de mim, acordada,
Sentada, na beira da cama.
Sina! Carma de quem ama!
Cisma, espanta, encanta e engana…
Saudade que me acomete,
No meio da noite, e promete,
Não vai me deixar dormir!
Saudade que não vai embora,
Que me assusta e me devora!
Eu ferida, e ela, aqui!
Saudade, velha ranzinza,
Transforma meu fogo em cinza,
Me faz lembrar que sofri!
Saudade, velha sabida!
Comigo. Pro resto da vida.
A me lembrar de ti!
* Beá Moreira é Cientista Social, e comenta sobre o cotidiano e suas nuances, de forma descontraída e despretensiosa, buscando fazer do leitor de qualquer idade, um companheiro de bate papo.