Candidatura Pessoal ou Partidária???

Coligações 2016

 

No Brasil assim como no resto do mundo as pessoas se candidatam a cargos públicos, submetendo seu nome a disputa pelo voto dos eleitores, através de Partidos Políticos. Com exceção de alguns países onde a candidatura pode ser independente todos os candidatos necessitam estar filiados a um Partido Político, o qual tem regras, diretrizes, linhas de ação e pensamento. Mas nem sempre é assim, principalmente em Caraguatatuba.

Um Partido Político é uma agremiação que defende determinado assunto ou ponto de vista, é contrário a outros e defende um modo de governo específico. Estar filiado significa aceitar e defender estes pontos de vista, pois em caso contrário, você estará alugando a legenda apenas para se eleger e deter parte do poder que a função lhe dará. Na Política Partidária não há posições pessoais, mesmo que você se ache mais do que o partido a qual está filiado.

Falo de Caraguatatuba por ser o universo a qual eu convivo. É comum em anos eleitorais o filiado candidato não concordar com o rumo que o partido adota e por isso, pede liberdade para escolher o caminho e o candidato que desejar apoiar. Para evitar essa “bagunça”, foi criada a Lei de Fidelidade Partidária, que restringe estes pensamentos solitários e obriga o candidato a seguir os rumos decididos pela direção da legenda.

É bom frisar que quando você se filia a um partido, seja ele qual for, você concorda com as suas ações e determinações, ficando livre para sua desfiliação, para retirar sua candidatura ou manter-se quieto sem se manifestar e atrapalhar, quando não concordar.

Mas Caraguatatuba é uma cidade sui generis nesse assunto e os Presidentes de Diretório, de Executiva ou Comissão Provisória, ao invés de usar a lei, fazem vista grossa e acabam por assinar documentos, ilegítimos, diga-se de passagem, liberando seus filiados candidatos para o apoio de quem desejarem. O pior de tudo é que existem candidatos que tem a pachorra de afirmar; “Comigo não tem esse papo de partido, pois sou mais eu”, com clara afirmação de que a legenda de nada importa, mas sim o seu nome, uma velha prática que mesmo obsoleta ainda se mantêm em voga.

Sem citar nomes quem estiver lendo este texto poderá atestar o que estou escrevendo. Pelo menos 5 legendas que concorrem a cargos no proporcional na cidade foram liberadas por seus dirigentes para apoiar quem quisessem para os cargos do majoritário, ou seja, a legenda A, que coligou com a legenda B e estas, apoiam o candidato a Prefeito X, liberaram seus candidatos filiados a apoiar o candidato a Prefeito Y ou Z. Sendo assim pergunto por que então você, que foi pré-candidato e hoje é candidato se filiou em determinada agremiação??? Como já afirmamos o certo seria caso não concordasse com a diretriz do partido, trocar de legenda se o período fosse permitido pela Justiça Eleitoral, pedir a desfiliação, retirar a candidatura ou manter-se quieto, sem manifestação.

É triste saber que as legendas ainda servem de aluguel para oportunistas que almejam o poder pelo poder e mais triste ainda é ver que as legendas não usam da lei para manter sua unidade e comprometimento com os preceitos que a formaram. Até quando isso vai durar???

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