Caraguá deverá repetir o “Poder Familiar” de 2017

O bom filho a cada torna !!! ou Um Raio cai duas vezes no mesmo lugar??? Escolha o ditado que quiser para definir o retorno da concentração do Poder Político Familiar em Caraguatatuba, igual como ocorreu em 2017 com a eleição de Tato Aguilar para a Presidência da Câmara. Esta hegemonia é a receita ideal para a manutenção da desestrutura Política, Administrativa e Financeira que domina a cidade.

A partir de 1º de Janeiro terá início a 18ª Legislatura na Câmara Municipal de Caraguatatuba, para o Quadriênio 2021/2024 com um quadro de Parlamentares dentro dos prognósticos e das estatísticas políticas e matemáticas dos últimos 20 anos, ou seja, não importando a quantidade de Vereadores, a renovação oscila sempre entre 40 e 60%, sendo assim, de seis a nove Vereadores irão se reeleger ou eleger.

A nova Câmara se apresenta da seguinte maneira: Serão sete Reeleitos; Tato Aguilar, Aurimar Mansano, Carlinhos da Farmácia, Celso Pereira, Aguinaldo Butiá e Fernando Cuiú. Foram Eleitos Marcos Kinkas, Cristian Bota, Antonio Carlos Júnior, Dé Construtor, Marcelo Pereira, Jameson Chick Show, Jair Silva e Vera Morais.

Os números mostram um cenário de experiência, conhecimento do ramo e possível preparo para decidir os destinos da cidade e fiscalizar o Chefe do Executivo. Aurimar e Celso vão para o sétimo mandato, Baduca Filho retorna para o seu quarto mandato interrupto e Carlinhos da Farmácia para o seu quinto mandato interrupto. Tato Aguilar segue no seu terceiro mandato e os Vereadores Butiá e Cuiú para o seu segundo mandato. Jair Silva exerceu a função como Suplente em 2019 no lugar de Duda Silva, Marcelo Pereira foi assessor de seu pai, o ex-Vereador AG Pereira e Kinkas como Assessor de Tato Aguilar. Antonio Carlos Júnior foi Vice-Prefeito de 2009 a 2016. Cristian Bota foi Secretário de Serviços Públicos e Turismo nas duas últimas gestões. O restante, Dé Construtor, Jameson Chick Show e Vera Morais vem tentando se eleger há várias eleições e entram como os novatos da atual Legislatura.

Para a Sessão Especial de Posse manda o Regimento Interno que o Vereador mais votado presida, no caso Tato Aguilar, que venceu a lenda de que Vereador que preside o primeiro Biênio não consegue reeleição, assim como Vereadores com mais de cinco mandatos também não conseguiriam retornar. Após a Posse dos Vereadores o Prefeito segue para a Transmissão do Cargo no Gabinete e na Câmara ocorre a Eleição da Mesa Diretora para o Biênio 2021/2022. Em 2017 Tato Aguilar venceu o pleito e consolidou o Poder Político Familiar na cidade, com o filho mais novo presidindo o Legislativo e o filho mais velho, juntamente com o pai, ex-Prefeito, comandando o Executivo.

O Blog Contra & Verso procurou os Vereadores que irão assumir em 2021 para falar sobre a Presidência da Câmara. Poucos responderam aos questionamentos da nossa Redação. Aguinaldo Butiá revelou que foi procurado por Tato Aguilar e um outro Vereador o qual não revelou o nome e que a princípio não iria fazer parte da nova Mesa Diretora, frisando que analisaria o seu voto. No fechamento deste texto informou que o outro candidato o procurou através de amigos e que fará parte da Mesa como Primeiro Secretário, que terá Jameson como Vice-Presidente. Comentava-se que Celso Pereira e Antonio Carlos Júnior teriam intenção de se candidatar, porém Celso afirmou não ser candidato e AC Júnior não retornou a nossa mensagem.

Aurimar Mansano informou ser independente nesta questão e que foi procurado por Tato Aguilar, quando o orientou a não sair candidato, tendo em vista que o seu pai, o ex-Prefeito José Pereira de Aguilar está sendo investigado. Confirmou também que Celso e AC Júnior o procuraram via fone e devido a orientação que deu a Tato, votaria em Celso Pereira ou AC Jr. Jameson Chick Show afirmou ser incerta a situação e que estaria havendo muita conversa de bastidor. Ao mesmo tempo estuda possibilidades e diz que fará o seu papel, devendo falar apenas quando houver algo concreto. Questionado posteriormente sobre ser o Vice na chapa de Tato Aguilar, não retornou. Cristian Bota afirmou que não é candidato e não fará parte da chapa para a próxima Mesa Diretora, sabendo informar apenas que Tato é candidato.

Como se pode ver a Oposição não conseguiu espaço para formar uma chapa e lutar contra a Hegemonia Político/Familiar na cidade, quando esperava-se que AC Júnior, como filho do ex-Prefeito Antonio Carlos da Silva lideraria uma ferrenha oposição já no comando do Legislativo, assim como Celso, a voz mais forte e contundente dos opositores ao Prefeito. Corria um forte comentário de que Tato Aguilar tinha uma grande rejeição junto aos colegas Vereadores e não conseguiria apoio para se tornar Presidente novamente. Ao mesmo tempo Celso Pereira aparecia como a melhor opção, assim como AC Júnior e até Baduca Filho, que seria o nome ideal, tendo em vista o bom relacionamento que mantêm tanto com a situação como com a oposição.

Aliás, falar em oposição na Câmara é algo muito prematuro, tendo em vista que imaginava-se em sete opositores e oito situacionistas, o que iria interferir nos projetos com Votação de dois terços, porém até o fechamento deste texto o quadro havia alterado e o Prefeito Reeleito poderá ter uma oposição que fale alto, porém sem peso para amedrontar.

A eleição de Tato é a estratégia mais necessária para o momento, tendo em vista a investigação contra o ex-Prefeito e as várias denúncias feitas ao Ministério Público contra o seu irmão, o Prefeito Reeleito Aguilar Júnior. Ao se eleger, Tato vai blindar com certeza qualquer ameaça a estrutura política montada desde 2017.

Fotos: Arquivo Pessoal de Tato Aguilar nas Redes Sociais

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