Contador de Caraguá preso pela Federal é liberado

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O Contador Alaor Jual Dias Junqueira, preso na manhã de 28 de novembro em Caraguatatuba pela Delegacia de Polícia Federal de São Sebastião por envolvimento com Lavagem de Dinheiro no Estado de Tocantins foi liberado no início de dezembro. O Contador foi preso com base na Operação denominada Rei do Gado, que abrangeu os estados de Tocantins, São Paulo e Pará, além do Distrito Federal. Como foi uma ordem de Prisão Temporária, Alaor Dias Junqueira ficou detido em Tocantins por 5 dias e liberado ao final do prazo. A Delegacia de Polícia Federal em Palmas ainda está na fase de análise do material apreendido.

A Operação Rei do Gado tinha como principal alvo o Estado de Tocantins e visou desbaratar uma quadrilha que praticava Crimes contra a Administração Pública, lavando dinheiro por meio de lucros ilícitos no patrimônio dos familiares do Governador de Tocantins – Marcelo Miranda /PMDB. Estão envolvidos também o Secretário de Infraestrutura Sérgio Leão e o ex-Governador Siqueira Campos. A Operação Rei do Gado compreendeu 8 mandados de Prisão Temporária, 24 de Condução Coercitiva e 76 de Busca e Apreensão.

De acordo com a Polícia Federal foram lavados até o momento cerca de r$ 200 milhões, conforme identificação da PF. Consta ainda que parte deste valor foi usado como Caixa 2 de Campanha Política entre 2005 e 2012. A deflagração do caso se deu devido a compra de gado, numa quantidade tão absurda que não caberia na propriedade mencionada na nota de compra.

Alaor Junqueira faz parte de uma antiga e tradicional família de Caraguatatuba, oriunda da cidade de Ribeirão Preto. O seu pai, o Professor Alaor Xavier Dias Junqueira é nome de uma escola na zona sul de Caraguatatuba.

No Currículo do Contador consta graduação em Administração de Empresas pela FMU – Faculdades Metropolitanas Unidas/SP em 1977 e Pós-Graduação em Administração Financeira pela USP – Universidade de São Paulo e pela FAAP – Faculdades Armando Álvares Penteado/SP, além de pertencer a ESG – Escola Superior de Guerra, turma de 1989. Participou ao longo de sua carreira em outras empresas e grupos de Goiás, São Paulo e Tocantins, como o BCN – Banco de Crédito Nacional. No Poder Público exerceu função como Diretor Financeiro do Tribunal de Justiça e da Secretaria da Indústria e Comércio, ambos no Estado de Tocantins.

Numa pesquisa na Internet o nome de Alaor Jual Dias Junqueira aparece com participação em diversas empresas com o nome Planinvest; Planinvest Assessoria Empresarial S/S Ltda – ME; Indústria Gráfica Indaiá Ltda – ME; Planinvest Informática Comércio e Serviços Ltda – ME; Planinvest Assessoria Empresarial SC Ltda – ME e Indaiá Indústria de Máquinas Ltda – ME sediadas em Palmas, São Paulo e Caraguatatuba. Atualmente Alaor é casado, tem 2 filhos e netos.

Segundo Cleyber Malta – Delegado Regional de Investigação contra o Crime Organizado da Delegacia de Polícia Federal em Palmas/TO, Alaor Junqueira foi detido com ordem de Prisão Temporária em Caraguatatuba, por volta das 7 horas do dia 28 de novembro e da sua residência foram apreendidos materiais pertinentes a Operação Rei do Gado. O Contador ao ser preso em Caraguatatuba foi levado para a Regional da Polícia Federal em São Paulo e de lá, para a Delegacia de Palmas, onde após o depoimento, foi encaminhado para o Presídio Estadual – Casa de Prisão Temporária de Palmas.

Ainda de acordo com o Delegado durante o período da Prisão Temporária – 5 dias, a Polícia Federal em Palmas conseguiu fazer as diligências necessárias relativas ao caso. O Delegado Malta espera encerrar o inquérito nos próximos 2 meses, confrontando os depoimentos colhidos para apurar a extensão da participação de cada um no caso. Como está na fase da análise os depoimentos e o material apreendido, bem como o relatório final apontando o indiciamento dos envolvidos ainda não foram remetidos para o STJ – Superior Tribunal de Justiça. Cleyber Malta disse que Alaor Junqueira foi liberado devido ao prazo da prisão temporária e pelo fato de não haver razão na sua prorrogação. O Contador não teve o seu passaporte apreendido, o que significa que não há restrição para viagem, informando a autoridade policial no caso de haver necessidade.

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