Cultivo e distribuição do vinho na Idade Média

*Stefan Massinger

 

Continuando nossa pequena viagem na Idade média e a importância do vinho na época, também continuo de citar fatos do blog Mundo da educação do UOL. Levando meus caros leitores neste mundo obscuro, sujo, cheio de conflitos no mundo inteiro. A idade média também foi a época de conquistas de outros continentes fora de Europa, de grandes casamentos e pactos entre reis e imperadores e sem dúvida a época de fortalecimento da Igreja católico no mundo inteiro. – E este crescimento da igreja está diretamente conectado com a cultivação e distribuição odo hábito de tomar vinho – no mundo antigo tanto como no mundo novo (nas colônias).

As primeiras vinícolas realmente produtivas e organizadas do período medieval passaram a ser cultivadas por monges cristãos entre os séculos VII e XIII. Aliás, foi entre os monges e a fundação das primeiras abadias que várias modalidades de agricultura se desenvolveram de forma especializada na Idade Média. No entanto, só a partir do século XI a produção de vinho intensificou-se e, por meio das trocas comerciais, as regiões do norte da Europa, como a Inglaterra, conseguiram importar vinho das regiões do sul, onde era propício o cultivo das vinhas.

O consumo de vinho era intenso sobretudo entre os nobres. Isso exigiu uma especialização na produção e o desenvolvimento dos meios de troca e distribuição. O problema era exatamente como levar vinho para a região dos países setentrionais, que ficavam mais ao norte. A fabricação de tonéis de madeira para acomodar a bebida e substituir as ânforas — mais frágeis e delicadas — foi uma das medidas que possibilitaram o transporte de vinho a longas distâncias.

E foi ali, quando mudou também o sabor do produto final, a mineralidade no vinho, efeito das ânforas de barro e cerâmica sumiu e deu espaço para a madeira, normalmente carvalho. Assim – além da facilidade de transporte – os vinhos começaram de mudar o sabor e dependendo do tempo no barrique, os vinhos apresentaram mais ou menos sabores tânicos, como amargor, um final aveludado e a persistência na boca – o corpo. Até hoje neste aspecto nada mudou no uso de madeira ou barris. Com a diferença que hoje depois de um certo período no barril, que o enólogo define, o vinho está madurando em garrafas até o momento da comercialização. Na idade média, o barril servia para transporte. – Servido, leia-se, trazido do barril até a mesa continuo a jarra de cerâmica, e nas casas mais finas garrafas. Mas não como garrafa de vinho de hoje, mas simplesmente como algum recipiente de tirar o liquido do barril e servir na mesa.

 

 

* Stefan Massinger nasceu na Áustria, sul de Viena, numa região de vinhos. Vive em Caraguatatuba, sendo Master do grupo Wine, o maior e-commerce de vinhos da América Latina, treinando interessados como empreender no mundo do vinho. Também tem uma empresa de venda de vinhos on-line e atua também como consultor independente de negócios.

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