Ex-Secretário de Saúde é proibido de trabalhar na UPA

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O médico e Ex-Secretário de Saúde de Caraguatatuba, Juan Lambert foi proibido pela atual administração de trabalhar na UPA – Unidade de Pronto Atendimento, localizada no Jardim Primavera, ao lado do CEM – Centro de Especialidades Médicas “Madre Tereza de Calcutá”. O caso se assemelha em muito ao ocorrido com o Ex-Secretário de Assuntos Jurídicos Dorival de Paula Júnior. A Prefeitura nega o fato.

Segundo relatos do Clínico Geral Juan Lambert, que ocupou a chefia da Secretaria Municipal de Saúde de outubro de 2015 a dezembro de 2016, tudo começou no dia 7 de janeiro, quando levou seu filho com princípio de Pneumonia para atendimento na UPA – Unidade de Pronto Atendimento. Lambert conta que entrou pela porta dos fundos, como fazem os médicos que lá trabalham e ao encontrar o Diretor de Saúde nome André não recebeu o cumprimento dado e o mesmo teria feito “feição de quem não gostou”.

No dia 9 de janeiro – segunda-feira, entra na UPA e encontra o Diretor da João Marchesi, empresa que terceiriza os trabalhos no local de nome Mário que conta a ele que teria sido demitido por ordem do Secretário de Saúde, Amauri Toledo e do Prefeito Aguilar Júnior, sendo que o mesmo só poderia entrar no local a partir daquela data como paciente e não mais como médico, sendo proibido de dar plantões. Segundo Juan ele teria um plantão de 12 horas a cumprir no dia 13 – sexta-feira.

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O ex-Secretário conta que ligou para Amauri Toledo e ao falar sobre o caso, disse que não havia sido informado sobre o fato, “mas que deveria ser isso mesmo e que não teria dado essa ordem ainda, mas que daria”. Juan teria apresentado suas contra razões e perguntou se isso seria um ato político, o que teria sido respondido por Amauri com uma ‘risada’ e a resposta “pois é”.

O que mais estranha o médico é o fato de ter recebido uma ligação no dia 2 de janeiro, do departamento de RH – Recursos Humanos, da João Marchesi, avisando que a partir daquela data daria plantões de 12 horas há cada 15 dias na UPA.

A contratação de médicos para plantões e trabalhos junto a iniciativa privada e no Poder Público, obedece exigências como a criação de uma “Pessoa Jurídica”, pelo qual irá receber os honorários do seu trabalho. Há também o médico efetivo da Prefeitura, aprovado em Concurso Público, que recebe pelo serviço ambulatorial, dando consultas em datas e horários programados. Como Secretário Juan Lambert não podia dar plantões, pois seria antiético receber do mesmo lugar a qual ele contrata e fiscaliza. Informa também que o seu contrato com a Corpore foi mantido e transferido quando da entrada da empresa João Marchesi, mantendo-se inativo por exercer o cargo de Secretário de Saúde. Sobre isso Lambert conta que tem acontecido o contrário, pois um dos Diretores da Saúde, que é médico, dá plantões na UPA. O médico não revelou o nome do colega. Antes de ser Secretário Juan Lambert dava plantões 4 dias por semana na UPA pela empresa Corpore, que antecedeu a João Marchesi.

Devido ao fato o médico disse estar triste e ainda não escolheu se irá tomar um caminho jurídico para o caso. Informa nunca ter faltado e que não compareceu ao plantão do dia 13 por estar demitido e no dia 6 de janeiro teria trocado o plantão com outro colega médico, fato normal entre profissionais da categoria. O médico contou que está trabalhando em São Sebastião, tanto no Pronto-Socorro do Hospital como na UPA de Boiçucanga, inclusive com o ex-Vice-Prefeito na gestão Ernane Primazzi, o médico Aldo Conelian, que foi aproveitado pelo atual Prefeito Felipe Augusto, reiterando que há sobra de horário e data para trabalhar em Caraguatatuba se ainda estivesse contratado.

Juan Lambert não consegue entender a situação. “Sou médico e não sou político, é inadmissível essa perseguição política. Acho inacreditável a capacidade da atual gestão em denegrir a imagem de quem trabalhou na gestão do ex-Prefeito Antonio Carlos da Silva”, disse. Devido ao caso Lambert afirmou que irá se dedicar a trabalhar apenas em São Sebastião.

Segundo a Secretaria de Comunicação da Prefeitura o Prefeito Aguilar Júnior não deu nenhuma ordem para a demissão de Juan Lambert e que após o dia 1º de janeiro nenhum médico foi contratado, consequentemente não houve demissão. A Prefeitura alega também que o médico faltou ao plantão do dia 6 de janeiro e que o chefe do setor, Dr. Guilherme solicitou a contratação de outro profissional e a demissão do médico faltoso.

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