Sabesp: 5 anos de frente e 70% de capacidade

Sabesp

A Sabesp (Saneamento Básico do Estado de São Paulo) tem enfrentado o Crescimento Imobiliário em Caraguatatuba com técnica apurada, gerenciamento objetivo e previsões de longo prazo para prever o desenvolvimento da cidade que tem tudo para crescer nos próximos anos. Nesta entrevista o Gerente de Divisão Pedro Ponce fala dos trabalhos da estatal hoje e nos próximos anos.

O Gerente de Divisão da Sabesp em Caraguatatuba tem o nome de Pedro Ponce, interiorano nascido em Jales e que está há 25 anos na Sabesp, tem 43 anos e trabalhando em nossa região há 11 anos. Com muita gentileza o Gerente de Divisão recebeu a reportagem do Info Imóveis acompanhado de sua Assessora de Imprensa, Rosana Castro.

A Sabesp está preparada para o Crescimento Imobiliário de Caraguatatuba? Segundo Pedro Ponce a estatal tem um Plano Diretor que prevê obras e atividades até o ano de 2040, principalmente na área de Saneamento. Ao mesmo tempo considera preocupante o rápido crescimento da cidade com base nas obras do Contorno Norte e Sul, Ampliação do Porto de São Sebastião e Duplicação da Tamoios, pois Caraguá será o centro da mão de obras para estas realizações, ou seja, as empresas irão centralizar as contratações para os próximos anos.

Ponce informa que estão sendo antecipadas as obras de Abastecimento e que esta temporada de verão foi acima das expectativas em termos de fornecimento de água tratada, além das chuvas que reduziram a vazão principal. O Gerente conta que só em 2013 foram dadas diretrizes para atender 2.574 unidades habitacionais, sejam elas edículas, casas térreas ou sobrados ou um prédio de apartamentos. Ao mesmo tempo as áreas irregulares são o principal problema da estatal, pois comprometem o abastecimento e fraudam o volume de água fornecido em até 3 vezes.

Mas como evitar as áreas irregulares e os fraudadores do fornecimento de água na cidade? De acordo com a estatal monitoramento constante e periódico e parceria com o Poder Público como Prefeitura, Ministério Público e Vigilância Sanitária ajudam em muito a redução dos fraudadores. Um exemplo disto foi a parceria com a Prefeitura de São Sebastião para a regularização de 60 unidades localizadas em ZEIS (Zona Especial de Interesse Social) regularizadas. Ponce ressaltou que em Caraguá o maior controlador é a Prefeitura, que tem um bom trabalho fundiário voltado para isso.

Além da tarefa de crescer e reduzir fraudes quais são os planos da Sabesp para hoje e no futuro? Constam a contratação de projeto para o Massaguaçu e o Porto Novo, visando a ampliação da demanda de água tratada e reservatório, além da execução do Reservatório de 5 milhões de litros no Porto Novo e outro de 2 milhões de litros no Cantagalo, bem como a adequação da Estação Guaxinduba para um melhor tratamento de água para um maior número de usuários e o reforço no abastecimento da Casa Branca. Projeto para ampliar o sistema Porto Novo, que alimenta Caraguatatuba e São Sebastião com água bruta para ser tratada, de 700 litros/segundo para 950 litros/segundo, perfazendo atualmente uma vazão de 2.520 milhões de litros/hora. Estão nos planos um Reservatório para o bairro do Pontal Santa Marina e Martim de Sá, com 5 milhões de litros cada um. Quanto ao esgoto tratado, 100% do que é coletado é tratado diariamente pela Sabesp, sendo que um estudo futuro de ampliação está sendo feito. Pedro Ponce informa que a capacidade de vazão de Caraguatatuba é de 980 litros/segundo assim dividido: 700 litros no Porto Novo, 180 no Guaxinduba e 100 no Massaguaçu, com um total de 3.528 milhões de litros/hora.

Aproveitando os planos e projetos para o futuro a Sabesp divulga seus números em Caraguatatuba. De todo o município, 95% são consideradas área regular e ela é totalmente atendida pela estatal, que perfaz um total de 51.540 ligações, sendo que 70% deste número pertencem as ligações de esgoto e os 20% não são atendidos pela rede de esgoto e os 10% restantes são de unidades habitacionais que tem a linha de esgoto passando na frente de sua residência, mas que ainda não fizeram a ligação. Das mais de 51 mil ligações os 5% restantes significam as áreas irregulares como os particulares, tendo como exemplo alguns condomínios que tem tratamento e distribuição próprias, que não sejam de responsabilidade da Sabesp. Foram feitas 1.068 novas ligações no ano passado, sendo de aproximadamente 800 unidades habitacionais. Em dezembro do ano passado a estatal já havia feito 623,858 quilômetros de água tratada e 493,641 quilômetros de rede de esgoto. Resumindo, Pedro Ponce garantiu que a estrutura da Sabesp tem período de 5 anos antes de pensar em ampliação.

Muito se falou neste texto sobre áreas irregulares, que é o maior problema da Sabesp. “Você precisa ter atuação constante. É como erva daninha, você corta um e nascem dois. Estamos em constante contato com órgãos competentes sobre o assunto”, disse. De acordo com a estatal a Prefeitura mantém um bom programa de Regularização Fundiária e ao mesmo tempo não tem uma somatória do valor das perdas, tendo apenas um cálculo não oficial de 600 litros/dia para cada morador instalado nestes locais. É isso mesmo, enquanto você que mora numa unidade habitacional regularizada com fornecimento da Sabesp consome em média 200 litros/dia, o morador em área irregular, que fez o famoso “gato” para obter água gasta diariamente 600 litros.

Aproveitamos para questionar a estatal quanto a qualidade de água servida à população. Segundo Pedro Ponce independente da turbidez o sistema de tratamento é o mesmo. A água é boa, de origem serrana e com os únicos inconvenientes sendo árvores e mato. O gerente continua afirmando que a captação atende os requisitos do Ministério da Saúde, com o tratamento agindo na mesma velocidade da captação e distribuição. Para finalizar perguntamos sobre a relação entre a falta de chuvas e o abastecimento em nossa cidade e região. O Gerente de Divisão Pedro Ponce afirmou que anterior ao período do Carnaval a situação encontrava-se crítica, mas com as chuvas houve uma sensível melhora e o volume diário voltou ao normal. Ponce lembra que a Sabesp trabalha com 100% de sua capacidade apenas nos períodos de pico, como Carnaval e Reveillon e que com exceção destes períodos, o trabalho diário gira em torno dos 70%. “Em todas as épocas do ano vale a educação e o uso racional da água, economizando sempre”, finalizou Pedro Ponce.

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