O Transporte Público em Caraguatatuba pode parar na próxima sexta-feira – 8 de Maio – por falta de pagamento a seus funcionários. O problema está relacionado a Pandemia do Coronavírus, que reduziu em 85% o movimento diário de passageiros e a Prefeitura por sua vez só fará um Aporte Financeiro se o déficit for comprovado através de Planilhas.
A disputa Político/Administrativa entre a Prefeitura e a Praiamar Transportes, Concessionária dos Transporte Coletivo no município, que vem sendo travada nos Bastidores e agora adicionada a Pandemia do Covid-19 chegou ao limite, com a expectativa de paralisação do Transporte Público na cidade na próxima sexta-feira – oito de maio – quinto dia útil do mês de Maio e data tradicional do pagamento dos Trabalhadores.
Devido ao problema do Coronavírus em Caraguatatuba, bem como em todo o país, há a orientação para o Confinamento Social da população que não faça parte de comércios e empreendimentos dito essenciais, o que reduziu o movimento nas ruas, o fechamento de alguns comércios e por conseguinte, a redução no transporte coletivo municipal.
Segundo um áudio compartilhado nas Redes Sociais, de autoria da Gerência da Praiamar na cidade, a redução no movimento de passageiros mensal resultou na queda vertiginosa da receita da Concessionária, impossibilitando ter o numerário necessário para efetuar a folha de pagamento da empresa. De acordo com o áudio a redução do número de passageiros é de 85%.
O Porta-Voz da Praiamar informa que não conseguiu o valor integral da Folha de Pagamento junto aos Bancos, apenas em parcelas e que para saldar as obrigações trabalhistas, o salário dos funcionários em quatro semanas, como forma de solucionar a questão salarial. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, o adiantamento salarial, o tradicional vale, que seria pago no dia 20 de abril não ocorreu, devido ao problema de caixa. No áudio é citado que a Prefeitura se reuniu com diversos segmentos da Sociedade Civil Organizada para discutir uma futura flexibilização e nesta relação a Praiamar não foi chamada e nem ouvida.
A Concessionária solicita o pagamento dos débitos que a Prefeitura tem com ela, sendo mais de R$ 800 mil em Passes para Pessoas com Necessidades Especiais e mais de R$ 1,5 Milhões em Passes Escolares. Um outro fator para a queda do caixa da Praiamar diz respeito a redução de compra do Vale Transporte, pois vários Servidores Públicos estão em Confinamento e em Home Office. A Concessionária tem 24 linhas em operação, atendendo em média 21 mil pessoas/dia ou cerca de 600 mil/mês, com movimento financeiro mensal aproximado de mais de R$ 2 Milhões, para os 80 motoristas e 42 carros.
Segundo o Sindicato da categoria os motoristas não aceitam receber o salário de forma parcelada e se não houver o pagamento no dia 8, haverá paralisação do serviço na cidade, o que irá causar um certo transtorno, junto com a Pandemia e Confinamento Social. Devido ao Decreto Municipal que regulamentou as ações neste período, a frota terá redução de 25% e cada carro só poderá transportar 50% de sua capacidade, além da obrigatoriedade do uso de máscara facial pelos usuários desde ontem – quatro de Maio, Segunda-Feira.
A Prefeitura informou através das Redes Sociais que para fornecer o Aporte Financeiro a Praiamar, solicita Planilhas que mostrem o déficit de caixa. Ao mesmo tempo informa que pretende auditar as Planilhas antes de aprova-las. A Praiamar informou que até Quinta-Feira deverá entregar as Planilhas solicitadas, ressaltando que boa parte dos documentos exigidos são de conhecimento da Prefeitura e enviados mensalmente para o setor responsável. A Pandemia do Covid-19 é a chamada “Disputa por Razões Óbvias”, pois ambos defendem a Saúde da população e a manutenção do Comércio e seu patrimônio. Uma solução para o caso seria o pagamento dos débitos que a Prefeitura tem com a Praiamar ou até o adiantamento do Vale Transporte e Passe Escolar, como forma de equilibrar o caixa da empresa e manter um serviço prioritário e primordial em funcionamento durante este período delicado, bem como o bom senso entre os motoristas, que não teriam perdas, apenas o fracionamento de seus honorários.