Vitória do Orgulho

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Todo ser humano tem Orgulho próprio, assim como a vaidade, amor próprio e por aí vai. Essas peculiaridades constroem a estrutura do ser humano, que as levará por toda a vida, dirigindo suas atitudes, seus atos, sua maneira de ser. O que não pode ocorrer é o ser humano exagerar em qualquer destas atitudes, pois elas podem trazer sequelas difíceis de reparar, pois o exagero leva ao erro. Quando estas atitudes tem reflexo na política as sequelas serão ainda maiores e podem ser até benéficas.

Em Caraguatatuba é visível o reflexo que o Orgulho exagerado trouxe, pois juntamente com a falta do bom senso, o quadro político poderia ser alterado e não direcionado para a polarização, cenário costumeiro em anos eleitorais na maioria das cidades brasileiras e que privilegia candidaturas como a de Gílson Mendes.

Se analisarmos o atual quadro eleitoral na cidade, vemos que as candidaturas de Aguilar Jr. e Gílson Mendes optaram por escolher seus candidatos a vice-prefeito com antecedência. Independente se foi a melhor escolha ou não, estes candidatos contam com suas estruturas próprias, o primeiro com 12 partidos e o segundo com a máquina administrativa e um currículo de peso na mão.

Por outro lado temos as candidaturas de José Ernesto, Nivaldo Alves e Álvaro Alencar que optaram por escolher seus vices no último momento. É nesse ponto que configura o excesso de Orgulho e a falta do bom senso, pois nesta última citação, o primeiro mostra ter reserva monetária, o segundo uma estrutura partidária mediana e o terceiro a força do próprio nome e no trabalho feito nos últimos 28 anos. Já imaginou se este trio fizesse uma composição política, com um deles saindo a Prefeito, outro para vice e o terceiro dando o apoio necessário com participação na administração em caso de vitória???

Com certeza essa configuração faria diferença na busca do voto, mas como o assunto é Orgulho e a falta do bom senso, o eleitor irá descartar este trio e voltar seus olhos e análise para os polarizados.

Mas venhamos e convenhamos, será que estes senhores não pensaram nisso??? Será que apenas este redator e boa parte da classe política e dos eleitores imaginou que o trio junto faria frente aos anseios dos outros candidatos??? É claro que sim, mas como o assunto é Orgulho exagerado, o mesmo saiu-se vitorioso e a sequela foi a de entregar de bandeja, a eleição para Gílson Mendes e Aguilar Jr brigarem voto a voto, deixando o restante para o trio que não se uniu e a candidata do PSOL – Thifany Félix que não se uniria, aos polarizadores e muito menos ao trio separado, por questões puramente políticas.

Tire a conclusão que achar melhor, pois quem sai ganhando é o eleitor, que pode excluir o trio e a candidata solitária, que mostraram olhar mais para o umbigo do que para a cidade e usaram o excesso de Orgulho como desculpa para não se unirem e enfrentar candidatos com maior estrutura partidária e administrativa. Como disse, quem ganha é o povo, que não precisa pensar numa terceira opção e poderá escolher entre o pai impugnado que colocou o filho na última hora ou aquele que participou efetivamente das transformações do município nos últimos 20 anos. Em suma, o Orgulho privilegiou o eleitor nas eleições municipais em Caraguatatuba.

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